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sábado, 29 de maio de 2010

OS FINS NÃO JUSTIFICAM OS MEIOS.

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Não há duvidas de que vivemos dias difíceis. Cada vez mais descobrimos cristãos outrora conservadores, aderindo ao espírito da apostasia reinante em nosso tempo. Faz bem pouco tempo, que na rua onde trabalho passou um carro de som anunciando a campanha da RCC, o “cerco de Jericó e o clamor de sete dias para derrubar as muralhas”, antes uma outra denominação em transição de conservadora para liberal, já havia iniciado a campanha das sete sexta feira, com direito a queimar pedidos no monte da oração. Eu me manifestei e disse que estavam copiando as liturgias da IURD, quando alguém se manifestou defendendo a campanha das sete sexta feiras e queima de envelopes no monte, porque dava certo, já havia cerca de 30 convertidos (tais já não sabem mais distinguir avivamento de avivalismo e convertido de convencido). Aqui está o grande perigo. Para o tal irmão, desde que estava dando certo, havia uma justificativa, ou seja, o fim justifica os meios. Se dá certo, então não tem problema, não importa se é superstição, o que importa é que dá certo. A teoria apostata de que o fim justifica os meios, é de origem maquiavélica, não evangélica, agora existe uma nova modalidade de cristão evangélica, existem arminianos, reformados, pentecostais e agora surge no cenário o evangélico maquiavélico, aquele que defende que os fins justificam os meios. Agora veja bem, a primeira vista, muitos se perecem conservadores, porque não fazem isso e aquilo, mas no campo das idéias já são liberais. A apostasia começa nas idéias. Fiquei estarrecido, não esperava ouvir de alguém que se apresentava como evangélico conservador, algo assim. Mas as coisas estão mudando. As inovações litúrgicas que conduzem as pessoas a crerem na força do fetichismo ou da superstição ao invés do poder do Espírito Santo, minam a base do cristianismo bíblico.

Eu quero ser um pouco mais claro em minhas colocações bíblicas, vamos a uma suposição, eu posso fingir ter recebido revelações num determinado lugar, sei que ali há um desviado e então eu posso me aproveitar da oportunidade para dizer ao desviado que tive uma revelação, o Senhor me mostrou que se ele não se reconciliasse iria morrer de forma terrível e por conseqüência de uma doença terrível. O pobre homem assustado se “reconcilia” eu posso computar, mais uma alma. Mas será que isso vai justificar a minha mentira?

Essa é o problema. A visão não pode ser obstruída pelo resultado. A questão não é o resultado mas a obediência. Veja bem no evangelho de Mateus 7:21 a seguir , Jesus descreve um tipo de ministério recheado dos mais sublimes êxitos, expulsão de demônios, profecias e sinais e prodígios. Note que o Senhor não disse que eram falsos, mas o contexto, a resposta do Senhor, é terrível: “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mt 7:23). Porque as pessoas não estão levando a sério as advertências da bíblia? Porque estão olhando para os resultados ao invés de olharem para a obediência?

Creio que muitas pessoas, estão lendo a bíblia como se fosse o jornal diário, ou num mínimo como um livro qualquer, e isso é perigoso, demasiadamente perigoso.

Biblicamente, os fins não justificam os meios, a obediência, a ortodoxia deve ser colocada em pauta, e não devemos nos corromper, porque uma vez que os danos são eternos, devemos tomar muito cuidado.

CLAVIO JUVENAL JACINTO