Em atos dos apóstolos 19:19, encontramos algo extraordinário: o poder transformador do evangelho de Cristo, após a conversão ao SENHOR, muitas pessoas destruíram seus livros de artes mágicas e abandonaram a pratica da magia e do ocultismo. Isso foi um fato histórico, pessoas saindo da superstição e do paganismo, e servindo a DEUS através de um evangelho puro eficiente e transformador. A magia sempre foi uma força contraria que quando usada pelos inimigos de DEUS, tinha o intento de competir com o poder de DEUS ou de impedir a obra de DEUS. Vimos em muitos textos que sua pratica era proibida tanto na antiga quanto na nova aliança (Deuteronômio 8:10, Apocalipse 18:23, 21:8, Gálatas 5:20 etc). A magia é arte de manipular as forças desconhecidas do mundo espiritual caído em prol de um intento, ou a arte de desenvolver uma crendice centrada em amuletos e superstiçoes ou em praticas que sirvam de “auxilio” para concentrar a fé. Trata-se de crer e confiar num objeto, ou na força oculta por traz de um objeto ou pratica, em busca de um auxilio, proveniente de um poder ou uma força sobrenatural. É em ultima analise, um desvio da fé no DEUS onipotente, para objetos ou praticas que desfiam a fé pura em DEUS, em termos mais paganizados, a fé na força sobrenatural, geralmente se crê que nosso mundo está cercado de poderes espirituais, que podem ser controlados ou usados em prol de intentos pessoais ou sociais.
Que nosso mundo tem se voltado para praticas pagãs, misturadas com a tecnologia, tem sido um fato notável. Filmes como Avatar e a obra literária de Harry Potter são provas eficientes quanto a paganização de nosso sociedade, o avivamento da bruxaria, o sucesso da astrologia reforçam essa tese.
Nos últimos tempos também houve um reavivamento do misticismo oriental, e tudo isso tem influenciado sorrateiramente a igreja evangélica.
A poucos tempos atrás, era normal ouvirmos de apologetas católicos, a justificativa de que ídolos e acessórios supersticiosos litúrgicos, tinham apenas finalidades catequéticas, e não idolátricas e supersticiosas, muitos defendiam as praticas supersticiosas com o intento de fortalecer a fé do povo, como se o ato em si fosse um intermediário para fortalecer a fé e a crença do povo. Se isso fosse verdade, teriam lutado primorosamente para levar a bíblia ao povo na língua vernacular, no entanto a historia nos informa que foram oponentes a isso, até mesmo missas era realizadas no latim, desconhecida do povo comum. Hoje esse argumento é valido nos círculos evangélicos neopentecostas e no pentecostalismo apostata. O misticismo e os conceitos e princípios pagãos entrarão sorrateiramente em muitas denominações, a magia de alguma forma foi sendo introduzida dentro dos seminários e novas denominações e correntes teológicos surgiram com base nos conceitos da magia de espiritualismo. E. Kenyon, o pai da teologia da prosperidade, por exemplo, foi um desses progenitores que desenvolveram uma fé com base no espiritualismo do novo pensamento de P. Quimby.
A fé na fé, ou o intermediário para um fortalecimento da fé, tem sido conceitos novos desenvolvidos em escala teológica para se encaixar com novos padrões de espiritualidades místico-evangelicas. Acontece que o espiritualismo, tem sua fonte na magia, hoje praticamente tudo o que pode ser observado em termos mágicos, é também espiritualista.
Embora seja verdade que muitos pregadores tenham usado a bíblia como pretexto para justificarem muitas praticas supersticiosas, fazem sem levar em conta princípios de hermenêutica e exegese. Fazem uso de descrições ao invés de prescrições. Por exemplo, que o lenço de Paulo curava, é uma descrição, mas jamais isso deve ser padronizado como principio de cura, porque é apenas uma descrição do que aconteceu naquele momento, o padrão bíblico, a prescrição é que deve ser levada em conta, e isso significa que se deve orar pelos enfermos, ou chamar os presbíteros da igreja para ungir os enfermos, essa é a base para a igreja no que tange o assunto.
Hoje vimos pessoas padronizando amuletos, como via de intermédio para a operação de um milagre por parte do SENHOR. Isso é errado, o lenço de Paulo foi uma circunstancia e não uma pratica, tal ato ocorreu uma única vez, o que significa que era a circunstância, e não o padrão, mas tarde é Paulo que dá a orientação sobre a questão de se orar pelos enfermos, e ele nunca, veja bem NUNCA ensinou que o lenço era um padrão a ser usado por todos.
Temos casos interessantes, Jesus cospe no chão e faz uma lama e unge os olhos de um cego, veja bem, é um caso único, isso não é padrão, é uma descrição, o SENHOR é soberano, e naquele momento, ELE revelou isso, mas a lama não era mágica, o próprio SENHOR usou da sua autoridade dentro daquela circunstância e nada mais. Verdade é que nunca mais Jesus repetiu aquele ato.
A fé é uma confiança direta em DEUS, não há sustento bíblico para que amuletos e objetos sirvam de intermediário, ou para acréscimo da fé, tal pratica está enraizada no paganismo e no ocultismo e nunca no cristianismo bíblico. Cristãos deveriam ficar atentos sobre certas coisas que ocorrem no pentecostalismo apostata ou no neopentecostalismo místico. Eu já vi coisas estarrecedoras, pessoas sendo derrubadas sem motivo espiritualmente justificado, e as famosas cirurgias angelicais, pessoas caem, são “anestesiadas” e uma cirurgia em âmbito espiritual acontece. Isso soa familiar, pois é comum no espiritismo, e nunca no cristianismo primitivo, muitos jogam a razão no lixo por causa do resultado, mas a cura também procede no espiritismo, então porque as escrituras ao invés do resultado, deve ser a medida do padrão de avaliação se algo é verdadeiro ou não? Muitos apelam para Adão, quando foi adormecido, mas aqui foi um ato único, sem precedentes em toda a narrativa bíblica posterior. Portanto não é padrão, porque aqui foi Deus e homem, e não teve intervenção de anjos, nem mesmo foi uma cirurgia de cura, foi uma extração de um osso.
Recentemente conversei com um líder de uma igreja pentecostal tradicional, fiquei estarrecido quando falou de suas peripécias místicas. Com um copo de água apresentou a congregação a sua façanha, disse que o Espírito Santo moveria a água do copo, injetaria um antibiótica na água, e um enfermo tomaria a água e seria curado. Tudo isso foi aceito pela congregação, como uma peripécia espiritual, mas tal coisa tem fundamento bíblico? Pelo fato de tal líder ser um presbítero, a norma bíblica seria a unção com óleo e a oração sobre o enfermo, mas o que foi realizado foi um ato mágico, a água antibiótica, seria o intermediário que fortaleceria a fé do enfermo e receberia a cura. Tudo isso diante de pessoas que se dizem “cristãs”, a bíblia não é mais a norma de fé da maioria dos crentes moderno. Se fosse, muitos teriam rejeitado tal coisa, pois isso nada mais é do que mágica com roupagem de pentecostalismo apostata.
E o que dizer das rosas e do sal? Antes os filmes de terror com requinte de catolicismo medieval com suas complicadas teorias de exorcismo, espargiam água benta sobre os possessos, como se a água tivesse o poder mágico de repreender demônios e expulsá-los, as vezes a cruz, ou uma formula em latim. Agora vimos as mais absurdas praticas nos meios evangélicos. Idéias místicas de meditação contemplativa, que se processa em ambientes perigosos, como esvaziamento da mente, ou a construção de imagens mentais, soam comuns dentro do cristianismo protestante moderno, as praticas de Loyola, Molinos Catarina de Siena e outros místicos católicos, são aceitos sem reservas por muitos evangélicos modernos, sem usar as escrituras como norma, para saber se tudo isso tem a permissão das escrituras ou não. Veja bem, qualquer um entende que os místicos católicos adotaram praticas do oriente, do budismo e de outras religiões, tente descobrir por si mesmo, que a pratica do rosário, estatuas para fins litúrgicos, e os mosteiros com monges vivendo isolados da sociedade não é uma idéia cristã, de onde veio isso? Do oriente, do budismo e de outras religiões pagãs. As praticas usadas por muitos místicos católicos sempre levaram para as profundezas do catolicismo, nunca para a liberdade do evangelho, para êxtases e visões com almas do purgatório, enaltecimento do marianismo, e outros desvios doutrinários sérios.
Quando Deus resolveu dar Jericó aos israelitas, foi ordenado tocar buzinas e marchar sete vezes ao redor daquela cidade, ou no caso de Naamã, mergulhar sete vezes no Jordão, não significa aqui que o numero sete é mágico, em ambos os casos, DEUS não estava sujeito a realizar o milagre dentro das circunstâncias das setes vezes, não é isso que está em pauta, isso não o padrão para que DEUS venha realizar um milagre. Nós não encontramos o sete como padrão litúrgico no NT, não havia sete sextas feiras de vitória, ou novena, tais coisas enfatizam números como mágicos, ao invés da palavra de DEUS, levam as pessoas a confiarem supersticiosamente em uma cadeia de votos que não podem serem quebradas, pois de outra forma, a benção não vem. Nesse caso, o numero exerce a condição básica para DEUS operar, não sua soberania ou vontade, mas o numero. DEUS estaria condicionado a fazer dentro das condições que o homem estabelece. No caso de Naamã ou de Jericó, DEUS estabeleceu as regras, para impor que ELE é soberano, na liturgia imposta, DEUS está condicionado a fazer de acordo com as condições que o homem impõe. Isso é superstição, o numero se torna mágico, sete sexta feira, sete quinta feira, culto de libertação, culto da vitória, tudo isso são inovações que predominam no prostestantismo apostata, para você receber a “benção’ tem que ser no culto de vitória, não pode ser outro culto, isso leva as pessoas a crerem que o culto da vitória impõe um poder mágico, faz daquele ato litúrgico algo especial, destacado, e isso significa que DEUS está sujeito aos princípios supersticiosos da liturgia inventada. Você em vão vai tentar achar isso no NT, porque não existe isso na bíblia, são invenções supersticiosas para desviar a fé do povo. Infelizmente tais coisas são comuns dentro das igrejas evangélicas com bastante predominância, sem contudo sofrer oposição dos cristãos mais bíblicos. Em gálatas 5:20 a feitiçaria é considerada como obra da carne, sabemos que magia, feitiçaria, superstições, crendices, idolatria, são ramos de um mesmo tronco: o ocultismo.
Mas porque estou dando ênfase a fé? Porque a bíblia diz que devemos ser SÃOS na fé (Tito 1:14), a superstição leva a pessoa a uma fé desviada, doentia. A verdadeira fé exalta a DEUS, a superstição rebaixa a DEUS. Ora a bíblia adverte que podemos ser reprovados na fé(II Timoteo 3;9) e a superstição e esse cristianismo mágico, leva as pessoas a enaltecer a própria fé, a ênfase é EU TENHO FÉ, e DEUS tem que fazer, a verdadeira fé não estabelece a condição de que a vontade do homem deve prevalecer diante da soberania de DEUS, ou que DEUS esteja sujeito a certas formulas mágicas para operar em determinadas circunstâncias. Por exemplo, o culto é de libertação, então nesse ambiente DEUS está sujeito as normas litúrgicas de expulsão de demônios, quebra de maldições e coisas assim. A fé nessa circunstancia esta depositada a deus estranho as paginas das escrituras, trata-se de outro deus, não o deus bíblico. DEUS não atua por meios errados, principalmente aqueles condenados claramente pelas escrituras.
Estejamos cientes desses fatos, o cristianismo mágico, é apostata e perigoso, desvia a fé das pessoas. Devemos ser sóbrios em tudo(I Timoteo 4:5) devemos militar a boa milicia da fé(I Timoteo 6:12) ou seja a fé pura, bíblica, evangelica, sem mistura, a fé eficiente é suficiente para fazer homens cheios da graça de DEUS. Precisamos perseverar nessas coisas, em um cristianismo puro e uma fé simples (II Timoteo 4:16)
Com relação a essa fé bíblia e não mágica, Jesus falou: "Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita." (Apocalipse 2 : 13)
Precisamos de uma fé firme, que resista as superstições e aos desvios doutrinários: "Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo." (I Pedro 5 : 9)