Deus condena a idolatria com toda a intensidade. Segundo O. S. Boyer, a idolatria é “adoração aos ídolos”. O Dr Hugo Schlesinger e o Pe Humberto Porto definem: “ ato de prestar a criatura, culto devido somente a Deus” as duas partes se unem numa única definição. Idolatria é a adoração da criatura. Sendo ela idealizada na projeção de um ídolo, uma imagem de escultura ou um ícone. A extensão do significado também inclui fotografias e desenhos, já a fotografia não era conhecida nos tempos bíblicos mas uma invenção moderna, uma imagem fotográfica ou desenhada num papel também pode ser uma forma de idolatria.
Mas porque DEUS condena as imagens e o fabrico de imagens para fins cultuais? Alguns tentam sofismar ou ensinar que não existe nada de mal em confeccionar imagens idolátricas de homens considerados “santos” para se prestar “homenagem”. Infelizmente os apologetas pro-idolatria são fracos na sua argumentação. A bíblia católica por exemplo diz: “ ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele prestarás culto” (Mateus 4:10 Bíblia dos Capuchinhos)
Na literatura católica no entanto testemunhamos esses textos em suas liturgias: “...Confirmação do culto do beato Duns Escoto” ou “...Culto a Nossa Senhora Aparecida”. Citando Porto e Schlesinger, eles definem que culto é o “ato de adoração ou homenagem a divindade”. Aqui está, uma resposta clara contra o catolicismo, seus escritores e padres afirmam que culto é prestado a divindade, e não a criaturas.
Deus proibiu os israelitas de confeccionarem imagens de esculturas, essa proibição se estendeu por toda bíblia, Antigo e novo Testamento.
Na antiga religião dos mistérios e nas próprias religiões pagas dos vizinhos de Israel, os ídolos ou os terafins eram consideradas como estatuas falantes, acreditava-se que seriam receptáculos de espíritos. As imagens não eram só para fins litúrgicos, eram consideradas como mediadoras dos deuses a serem cultuados e invocados. As imagens serviam como oráculos, elas eram consultadas, os iniciados nas religiões dos mistérios acreditavam que as estatuas e as imagens eram uma ponte ou uma porta de contato com os espíritos dos deuses. Eram consideradas como estatuas vivas e falantes. Esse tipo de ocultismo idolátrico se desenvolveu na Grécia, Caldéia, Egito e outros povos antigos. Em algumas religiões antigas, os terafins eram até mesmo receptáculos para receber espíritos desencarnados.
Geralmente os terafins são traduzidos da bíblia hebraica como ídolos. Na maioria das vezes eram ídolos de metal fundido, ou esculpidos em pedras, e tinham imagens de homens ou um amalgama entre animais e homens. Lemos em um livro que trata sobre o assunto as seguintes informações: “ A tradução do AT do hebraico para o grego, feita em Alexandria por volta de 200 AC, é conhecida como feita por setenta sábios, emprega alguns termos gregos para determinar o significado de terafim, a tradução desses termos gregos representa para nos os seguintes sentidos: 1) forma e semelhança de alguém. 2) esculturas no sentido de conter algo oculto ou simplesmente receptáculo” 3) luminoso, brilhante, semelhança. Os gregos conheciam muito bem a finalidade desses ídolos” (encontro com os deuses pág 151 e 152). Paulo conhecedor da cultura pagã da Grécia teve muito discernimento quando associou a idolatria ao culto aos demônios em I Corintios 8:1 a 10. porque ele sabia que havia uma manifestação sobrenatural enganadora na idolatria. Na concepção pagã o ídolo ou a imagem era o acesso para o contato com o mundo espiritual que o mundo denuncia como demoníaco. Agora vejamos como isso se encaixa com a revelação bíblia, em apocalipse 13 temos por exemplo a descrição da imagem da besta que ganha um espírito e se personifica ganhando movimento e comunicação. Desde gênesis até Apocalipse temos a exortação, a orientação para não associarmos o culto cristão com qualquer espécie de idolatria, e qualquer leitor da bíblia vai descobrir que não há sequer um único incentivo, ensino e orientação para se confeccionar imagens de pessoas, nem para fins litúrgicos e nem mesmo para fins didáticos, a advertência de João foi: “filhinhos guardai-vos dos ídolos” (I João 5:21) ele nunca orientou aos cristãos a confeccionarem imagens de João Batista, Tiago ou do próprio Cristo. aliás nenhum apostolo fez tal coisa, tudo isso é uma invenção posterior, sem qualquer nexo ou apoio das escrituras. Jesus não associou a adoração com a idolatria, mas definiu que quem quisesse adorar a Deus, teria como norma, como principio, adorá-lo em espírito e em verdade(João 4:24)
Alguns tentam justificar o uso de imagens apelando para a ordem divina para fazer uma serpente de metal para curar os israelitas das picadas das serpentes. (Números 21) mas nessa passagem,não era invocada a serpente, não era dirigida a ela qualquer liturgia ou qualquer pronuncia, era simplesmente para olhar para ela, e quando os israelistas a transformaram em um objeto de culto, DEUS mandou que ela fosse destruída(II Reis 18) outros apelam para o exemplo dos querubins da arca, mas descobrimos pelo contexto geral, que o povo não tinha acesso a arca, ela ficava no lugar mais santo, por isso mesmo não era acessível aos olhos do povo, a não ser em casos especiais, e os sacerdotes não se prostravam diante dos querubins, não invocavam eles como supostos “anjos da guarda”, os querubins da arca não tinham qualquer fim litúrgico, não eram invocados, não eram adorados, não eram reverenciados, não eram homenageados. Agarra-se a esses textos para provar algo que o texto não ensina é se desviar da verdade e enganar os outros. Sejamos sóbrios, a bíblia não defende o uso de imagens, não defende a idolatria, muito pelo contrario condena com muita veemência, porque a idolatria conduz o homem para a cegueira espiritual.
CLAVIO JUVENAL JACINTO
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