“A Nova Era/Nova Espiritualidade continua a fazer grandes avanços na igreja — particularmente na área da meditação e da "oração contemplativa". A despeito de severas advertências de muitos de nós que estiveram envolvidos no movimento de Nova Era, a igreja permanece extremamente vulnerável às experiências enganosas e sobrenaturais que parecem vir de Deus.” (Warren Smith)¹
Muito tem se falado em “meditação” na verdade, nós ocidentais sempre que ouvimos sobre ela, já percebemos superficialmente que se trata de uma técnica mística oriental. Isso ocorre porque o cristão moderno não pratica mais a meditação bíblica. A meditação bíblica como o próprio termo indica, é o uma pratica bíblica. Trata-se de ocupar a nossa mente, com a reflexão das escrituras, versículos ou passagens que nos transmitem valores espirituais que podem ser aplicados na vida pratica. Significa ser envolvido e ter o coração cheio da palavra de DEUS, ou ainda pode ser definido como a pratica de pensar na bíblia, em DEUS e em sua palavra a fim de ocupar nossa imaginação ou pensamento com coisas sagradas. Isso se torna relevante porque passamos a ter uma vida direcionada com a palavra de DEUS e a ter uma maior intimidade com o texto sagrado, passando a entender mais o seu significado. Quando praticamos a meditação bíblica, então teremos mais possibilidade de decorar versículos, temos um crescimento espiritual mais grande e acima de tudo, temos ciência dos mandamentos divinos e dos valores éticos morais e espirituais, que a palavra de DEUS pode nos transmitir. Meditar na bíblia é uma espécie de estudo onde o nosso pensamento se concentra na palavra de DEUS, e tiramos proveitos úteis para a nossa vida cristã pratica e também no que tange o conhecimento das coisas sagradas. Quando lemos passagens como Josué 1:8 salmos 1:2, Salmos 119:15, 48, 97 e I Timoteo 4:15, não resta duvida, não a nada de místico na meditação bíblica.
Com relação a meditação mística, ela é o oposto da meditação bíblica. Enquanto que a mística impõe a técnica de esvaziamento, a procura de iluminação, o relaxamento e a concentração interior buscando êxtases e experiências espirituais não associadas ao cristianismo, e bíblica simplesmente busca um convívio produtivo com as escrituras. Na mística o foco é o esvaziamento da mente, na bíblica o enchimento com as coisas relacionadas a bíblia. A meditação mística pretende liberar a consciência do homem interior, criar situações que abre a porta para o contato com espíritos, ou produzir novas revelações ou ainda despertar a divindade adormecida dentro do homem.
Tal pratica não é nova, na medida que o cristianismo foi se deixando ser influenciado pelo paganismo, introduziu-se sorrateiramente técnicas não bíblicas de meditação. Muitos apologetas católicos estão defendendo sua religião com bases históricas, negando a si mesmos fatos como a introdução de mosteiros, e monges que se enclausuraram em ambientes fechados, isolados do mundo, para buscar uma espécie de comunhão com Deus e experiências espirituais místicas. De onde veio essa influencia? Do budismo. A associação é clara e transparente. Com essa abertura, muitos místicos católicos da idade media abriram os portais para as experiências extra-biblicas. Um numero muito grande de registros de experiências de místicos católicos foram conservados e ainda hoje podem ser encontrados em forma de livros.
Seduzidos pela propaganda maravilhosa dos resultados da meditação mística, que promete o auto-conhecimento e a iluminação, êxtases e experiências religiosas, muitos cristãos estão sendo seduzidos para a pratica da meditação mística. A exploração do homem interior, viagem interior, penetração no profundo da alma, são apenas passos que conduzem a experiências mais radicais como a viagem astral e ao contato com o mundo espiritual caído. Em nenhuma parte das escrituras nos é ensinada que devemos usar a técnica da meditação e da contemplação para alcançar experiências extáticas. Se não soubermos discernir entre o é bíblico e sadio com o que é místico e perigoso, correremos o risco de nos desviarmos da sã doutrina e praticar feitiçaria embutida em técnicas espiritualistas, oriundas de religiões idolatras que apenas se aperfeiçoaram para se adaptarem a um mundo moderno.
Quando cristãos começam a fazer uma mescla de cristianismo com técnicas de contemplação e meditação oriental, estão apenas pavimentando um caminho para a unidade ecumênica e estão sendo seduzidos pela tentadora e enganadora filosofia de uma super religião mundial..
Devemos ter muito cuidado e levar em conta a advertência de Paulo quando nos adverte : “ tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo as tradições dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo CRISTO(Colossenses 2:8)
As palavras de Paulo são claras e bem atuais, a bíblia e somente a bíblia, e o que ela ensina deve ser nossa meta.
CLAVIO JUVENAL JACINTO
1- O texto de Warren Smith pode ser lido na integra no seguinte endereço eletrônico:
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