SOBRE O MOVIMENTO PENTECOSTAL
De evangélico para evangélicos
O Dr D.M. Lloyd-Jones, foi um renomado pregador batista conservador, ele observou em uma de suas obras, que a leitura de um livro, chamou a sua atenção quando o autor definiu a frase: “ toda instituição tende a produzir o seu oposto”. Ele então observa que o principio é correto, quando aplicado as denominações protestantes. Lloyd-Jones então concluiu “A posição da maioria das igrejas protestantes hoje , é quase exatamente o oposto da sua posição quando, originariamente vieram a existir”.(1)se principio é verdadeiro e observável em quase todas as denominações, seja elas históricas ou pentecostais. Essa observação vem de um batista de posição teológica de excelente qualidade. E se for aplicada na questão dos dons espirituais e sua cessação Na medida em que os apóstolos desapareceram, explica com muito equilíbrio, porque que os dons desapareceram. É em vão fazer apologia contra o movimento pentecostal, usando a bíblia, porque não há versículos bíblicos que apóiem a cessação dos dons. Tudo o que se pode fazer, desde que se rejeite a atualidade dos dons, é desenvolver pressuposições, para se chegar a uma conclusão a que se deseje chegar, e não numa conclusão definitiva do que a bíblia deseja ensinar. Lloyd-Jones, traz em suas observações desse principio o que pode ter ocorrido na igreja primitiva, o desaparecimento dos dons, não porque eles cessariam, mas porque os novos supervisores do cristianismo pós apostólico, introduziram uma mentalidade oposta, aos dons espirituais. O Dr Roger Olson faz a observação conclusiva: “Numa reação contra os excessos e as reindivicações exclusivas de Montano e de seus seguidores, os lideres da igreja procuraram se apoiar cada vez menos em manifestações verbais sobrenaturais, como línguas, profecias e outros dons, sinais e milagres sobrenaturais do Espírito. Finalmente tais manifestações carismáticas passaram a ser injustamente, tão identificadas com Montano e o cisma montanista que quase se extinguiram sob a pressão de bispos temerosos e dos imperadores cristãos posteriores”(2). R N Champlim argumenta, embora pareça ser desfavorável ao pentecostalismo: “não há qualquer razão dogmática para pensarmos que as línguas e outras manifestações espirituais tenham o propósito de desaparecer da igreja cristã, no esquema divino, ou que tais manifestações não se revistam de grande valor na igreja moderna”(3)
A cessação dos dons aconteceu porque o formalismo se iniciou e não porque eles deveriam cessar. Não há apoio bíblico para crer que os mesmos deveriam cessar após a morte dos apóstolos,não há como provar isso pela bíblia. Mesmo assim muitos cristãos anti-pentecostais tem lançado mão de uma apologia pobre e até mesmo injusta, para condenar o movimento pentecostal genuíno. A W Tozer advertiu: “ por toda uma geração, certos mestres evangélicos nos tem dito que os dons de Espírito cessaram por ocasião da morte dos apóstolos, ou quando se completaram o novo testamento. Certamente essa doutrina não tem a seu favor sequer uma silaba de autoridade bíblica. Os que defendem tal idéia devem assumir inteira responsabilidade por essa aberrativa manipulação da palavra de Deus”(4)
Infelizmente muitos apologetas são incapazes de separar o joio do trigo, e fazem uso do joio, para condenar tudo debaixo de uma maldição teológica terrível: Falar em línguas é coisa do demônio. Por favor, sou sincero em afirmar que amo muito os cristãos não pentecostais, sou muito favorável a leitura de compêndios teológicos e escritos de cristãos fundamentalistas não pentecostais. Tenho uma estima muito grande por batistas bíblicos, metodistas conservadores e presbiterianos, os materiais publicados por todos são excelentes,tenho ouvido pregações maravilhosas e tanta coisa aprendi lendo os livros da Editora Fiel, Regular, Cultura Cristã etc e etc, mas mesmo diante disso, fico indignado com o que tenho visto lido e ouvido, contra o movimento pentecostal.
Em primeiro lugar não acredito que uma pessoa vai se perder, pelo fato de não ser pentecostal, a questão de ter ou não dons não interfere na salvação de ninguém. Nem tampouco apoio a idéia de que uma cristão, que não exerça dons, não tenha o Espírito Santo em sua vida. Rejeito tanto o formalismo quanto o fanatismo.
Prossigamos adiante. Os excessos de inovações e distorções criadas pelo movimento da fé e por seitas e associações religiosas que se passam por “evangélicas pentecostais” tem sido a matéria prima dos “contra” para colocar tudo dentro de um fenômeno só, isso é mais que um erro, é uma injustiça. Outro fator importante, a incompetência de achar passagens bíblicas favoráveis, leva muitos apologetas a importarem do ocultismo fenômenos que se parece com dons, para aplicarem como exemplo, e prova definitiva de que os dons exercidos por cristãos nas igrejas pentecostais tradicionais é de origem pagã e animista, ou seja, lá o que for, menos do Espírito Santo. O que não somente é um erro, mas também uma afronta contra a integridade de muita gente que eu conheço, e sei que pelos seus frutos espirituais, nunca podem ser pessoas possuídas por espíritos imundos, e embusteiros. Que os problemas com relação aos dons existem, já podemos ver na recém formada igreja de Corinto, e parece que está muito longe de ser resolvida a questão. Mas pelo menos Paulo tinha melhor senso, em nenhuma de suas epistolas, ao invés de escrever contra os dons, como muito fazem hoje, ele tentou ensinar o modo correto de exercê-los. Portanto uma apologia bem diferente, Paulo não era anti-pentecostal, e se vivesse hoje em nosso meio, ele poderia até repreender muitos cristãos pelo fato de estarem usando inadequadamente os dons, mas ele jamais escreveria uma epistola, com conteúdo tão agressivo e descontextualizado, e sem apoio bíblico, como fazem os “contra” modernos, como veremos mais adiante.
Eu já li muito a favor e muito mais contra o pentecostalismo. Tudo bem, que a maioria faça uma apologia levando em conta posições que não se encaixam com o que a bíblia ensina, e o meu e-mail vai ficar aberto esperando quem provem o contrário, e é lógico, apresentando os versículos que essa matéria exigirá em sua continuidade. Um fato que desejo expressar, é que não favorável a muitos fenômenos como “cair no Espírito” “cirurgia espiritual” “farenose” “batalha espiritual dualista” e tantas coisas mais sem respaldo bíblico, modismo extravagantes e distorções supersticiosas, inventados para promover o marketing religioso, e conheço muitos pastores evangélicos de linha pentecostal que são muito equilibrados na teologia, bem cristocentricos na visão espiritual, e amadurecidos com relação aos dons. Mas apesar de amar muito os batistas, presbiterianos, menonitas e outros, quero fazer uma defesa do pentecostalismo genuíno, justamente porque embora muitos possam achar tantos defeitos na sua estrutura, geralmente quem ataca, omite fatos importantes relacionados a esse movimento.
Vamos em frente: a questão das línguas. No vocabulário pentecostal, línguas estranhas é o nome que se dá a experiência do batismo ou plenitude com o Espírito Santo, trata´-se da glossolalia, a polemica glossolalia teopneuticas, o dom de falar em uma outra língua estrangeira ou uma língua desconhecida.(xenolalia é falar línguas estrangeiras, glossolalia é falar línguas desconhecidas, a primeira precisa de tradução, a ultima de interpretação) Essa é a marca, a distinção principal entre evangélicos pentecostais e não pentecostais. A guerra apologética começa aqui. E quase sempre o fenômeno é associado por não pentecostais como algo demoníaco. O que é um erro, um erro muito grande. Na maioria das vezes quando alguém quer explicar a experiência de falar em línguas, afirma-se categoricamente que o que recebeu a experiência, fala por influencia de um espírito de engano, um demônio. Alguns mais prudentes afirmam que pode ser uma manifestação do nosso subconsciente e nada mais que isso, até aqui, ainda que a experiência seja do subconsciente, não afeta em nada questões teológicas. Mas se ao atacar o pentecostalismo, afirme-se que se trata de manifestação de demônios, então a questão fica complicada, bíblica e moralmente. Há muito mal entendido, porque muitos querem importar do paganismo as experiências extáticas como provas de as línguas é um fenômeno espírita.. mas a imitação não serve como prova a não ser para que seja provado de que existe o genuíno. A falsificação das coisas sobrenaturais, como no caso de Janes e Jambres, apenas comprova que a experiência do milagre original e verdadeiro existe! Aliás tomar posse de uma fraude espiritual para comprovar que todas as manifestações são fraudulentas é um erro que nenhum apologeta deveria cometer. Assim li um comentário de que alguém falou em línguas, e falou “shambalá” e essa é o nome da mítica cidade da “Grande Fraternidade Branca da Nova Era ou morada de Lúcifer, outro apologeta do time dos “contra” disse que em certo lugar alguém falou “siriri, siriri, siriri” e isso tem a ver com os deuses afros, porque lá no terreiro de macumba muitos falam esse tal de “siriri siriri”, tudo bem, posso até concordar que essas expressões realmente significam isso mesmo, sem qualquer problema, mas pergunto, foi uma experiência genuína? Todas as experiências de línguas são assim? Quem as falou era realmente uma pessoa santa, convertida, integra e que nasceu de novo? Tinha o Espírito Santo habitando plenamente na sua vida? São questões que precisam ser resolvidas, porque eu tenho visto que não é assim. Eu mesmo já presenciei coisas que não são genuínas, não procedem como sendo algo vindo do Espírito Santo, mas isso não irá me fazer concluir decididamente que tudo é uma falsificação, um embuste, eu seria um louco se procedesse assim, sabendo que existem experiências de línguas que mudaram completamente a vida de quem passou pela experiência, concluir tudo debaixo de um julgamento só. É uma loucura. E é exatamente isso que muitos fazem, confundem alhos com bugalhos e acabam confundindo tudo, isso é uma injustiça muito grande contra muitos irmãos pentecostais.
É irônico, mas muitos apologetas anti-pentecostais, precisam desesperadamente recorrer ao paganismo para testar a experiência de um cristão. E porque fazem isso? Porque não existe na bíblia uma única passagem que comprove decididamente que uma pessoa possuída por demônios fale línguas estranhas. Nós encontramos endemoninhados que ficaram mudos, mas que falaram línguas estranhas nunca(Veja Marcos 9:17 e Lucas 11:14) encontramos pessoas que tinham força anormal mas que falaram línguas estranhas, não existe um único caso registrado nos evangelhos, nem mesmo Paulo com todos os problemas com os corintios insinuou tal coisa, nós encontramos um caso em que o endemoninhado era surdo e mudo, mas que falava línguas estranhas, não há nada registrado(Marcos 9:25), então porque afirmar algo conclusivo quando a bíblia não ensina nem direta e nem indiretamente? Que apresentem os textos que ensinem que uma pessoa possuída por demônios fale línguas estranhas, e me calarei, o fenômeno da glossolalia acontece de forma extática no paganismo, mas não nas escrituras, aliás, para o bom observador, o fenômeno de falar em línguas no cristianismo, de modo genuíno não se dá de maneira passiva de maneira hipnótica ou coisa parecida, quem recebe essa experiência de forma genuína, não perde suas faculdades de discernir, não entra em transe como alguns sugerem, mas continuam em estado normal, é algo que flui em condições normais. Quando ocorreu o fenômeno de atos 2, os algozes do cristianismo até sugeriram que os apóstolos estavam bêbados, mas não sugeriram que estavam endemoninhados, foram mais prudentes!
Assim encontramos dentro da apologia anti-pentecostal, uma eisexese, ao invés de uma exegese. Desculpem-me os irmãos não pentecostais, mas sugiro que tenham mais cuidado ao tratar do assunto. Não quero discutir aqui como os dons devem ser administrados, foge desse assunto. Se há problemas no pentecostalismo nisso, ai é outro problema, outro assunto. Desejo esclarecer dentro dessa matéria que o falar em línguas em muitos casos não é um fenômeno demonológico nem psíquico, é algo além do escopo dessas duas alternativas. Portanto a terceira alternativa é que se trata de uma experiência bíblica genuína. Nós encontramos a respeito dessa experiência de falar em línguas genuíno, algo completamente diferente dos resultados obtidos em uma possessão demoníacas, comumente observadas no ocultismo, observamos em uma obra teológica a seguinte informação: “muitos críticos de línguas inferem que o falar em línguas pode perturbar a sanidade mental. O fato é que estudos psicológicos mostraram que o falar em línguas tende a integrar e consolidar a personalidade, tornando os possuidores do dom mais capazes de enfrentar os problemas da vida” (5) quando dispomos observar a questão dos dons pela ótica das experiências genuínas, ao invés das manifestações falsas, teremos conclusões mais equilibradas do assunto. Parece que a observação acima é algo completamente diferente do que os “contra” desejam argumentar como se o dom fosse algo sem sentido, sem resultados, mas isso não é bem assim como veremos adiante. Vejamos a experiência de Luciano Subirá, ele afirma o seguinte: “o falar em línguas não é uma linguagem extática, como dizem alguns, é uma linguagem de oração que edifica” (6). Geziel Gomes narra a experiência de um pastor presbiteriano que presenciou na sua igreja, um jovem que falava em línguas, e que na interpretação da mesma, se fazia uma lindíssima oração(7). O Dr Donald Gee também argumenta com muita experiência: “quando o verdadeiro dom de línguas é exercido por um crente que irradia o amor de Deus, é uma manifestação de beleza singular que raramente afugenta as pessoas normais”(8) o Dr Emilio Conde testemunha a respeito da experiência: “depois de receber a promessa, torna-se mais fácil ao cristão dizer ‘amém’. A toda a vontade de Deus. É que pelo Espírito Santo, a vontade divina sobrepuja a vontade própria, os pensamentos carnais dão lugar as coisas espirituais, as preocupações terrenas cedem as coisas do alto e o Espírito Santo reina na vida submissa, tudo como resultado do batismo com o Espírito Santo”(9).
Há uma descrição interessante no livro de K. Neill Foster, quando ele narra a história de uma moça possessa, ela certa vez começou a cantar uma linda melodia em línguas, e eles usaram o teste bíblico para provar os espíritos, perguntaram se Jesus veio em carne, e ela afirmava que sim. Em seguida Foster esclarece: “ contudo a moça permaneceu em controle demoníaco por vários meses após aquilo. Durante o tempo da sua possessão, a única hora que ela confessava que Jesus veio em carne era quando cantava em línguas. Sem as línguas, dizíamos para a moça afirmar que Jesus veio em carne. Ela queria dizer que sim, mas como os demônios ainda a controlavam, prendiam suas cordas vocais, e ela era incapaz de confessar o senhorio de Jesus, a não ser quando cantava em línguas. Esta condição continuou por um período de tempo depois dessa experiência”(10) alguém pode protestar contra todas essas experiências, mas pior do que apresentá-las como evidencias a favor, é importar as experiências extáticas e infrutuosas do ocultismo para combater o verdadeiro batismo com o Espírito Santo, colocando assim experiências genuínas no mesmo nível das experiências animistas, sem nenhum respaldo bíblico, muitos dos “contra” condenam os pentecostais por colocarem a experiência acima da razão, e fazem bem pior, raciocinam e fazem apologia usando as experiências do paganismo, pelo simples fato de não acharem na bíblia as provas convincentes para fortalecer ou comprovar as suas teses.
Eu não vou para por aqui, porque tenho arquivado a experiência pessoal de Enéas Tognini: ele narra a sua experiência do Batismo do Espírito Santo nas seguintes palavras que expressam os resultados: “o senhor me deu um tríplice ministério da palavra: pregada, gravada e escrita. Cerca de quarenta livros de avivamento, cerca de quatro ou cinco denominações evangélicas foram incandescidas pelo fogo de Espírito, mais de cem mil almas foram salvas e milhares foram batizados com o Espírito. O meu folheto “onde você passará a eternidade”?” circulou com mais de um bilhão de exemplares e levou milhares a Cristo. A mensagem para o dia nacional de jejum e oração levou o Brasil evangélico aos joelhos”(11) que os irmãos não pentecostais precisam criticar o sobrenatural que corrompe, é algo que concordo, afinal de contas Derek Prince o fez com muita veemência, e Hank Haneggraaf também tem feito com muita eficácia, e ambos eram pentecostais. Mas quem pode atribuir a experiência de Tognini como uma experiência diabólica? Não diz a bíblia que ele veio para matar roubar e destruir? Seria o diabo capaz de conduzir um cristão a uma experiência para após o resultado escrever um folheto com tiragem tão grande ao ponto de conduzir muitas almas ao caminho da salvação? Seria isso obra diabólica? Por favor citem um único texto da bíblia que prove ser o diabo o braço direito da grande comissão, me provem os católicos e os protestantes e todos os leitores da bíblia, que o diabo é capaz de fazer isso. Eu conheço muitas vidas que outrora arruinadas no mundo das drogas e no álcool foram restauradas e estão servindo em uma igreja pentecostal. Quero citar o fato de que o Pastor David wilkerson foi um jovem cheio do Espírito Santo, era pentecostal e mentor do sistema que iria tirar jovens dos antros infernais das drogas por décadas seguintes, e isso seria pelo fato de falar línguas, e portanto motivado por um espírito de engano! Seria correto isso? Citem pelo menos um versículo bíblico, que prove ser esse o projeto do diabo, restaurar os homens ao invés de arruína-los. Digo ainda mais como fato verídico, o irmão Almerindo, conheci ele na Igreja Cristã Remanescente, outrora era bêbado, jogado na sarjeta, era expulso do bar, como um indigente, para dormir no relento, família arruinada, vida arruinada, integridade arruinada, caráter arruinado. Mas um Pastor evangélico pentecostal começa a ajudá-lo, leva o bêbado para a igreja, prega para ele, a mensagem penetra no coração, vida restaurada e transformada, caráter restaurado, família restaurada, felicidade restaurada, nova vida, gozo paz e fé em Cristo. Esse é um caso entre milhares por esse mundo afora, de ex-drogados e traficantes, ex-alcoolatras etc. e etc. que agora servem a Deus em uma igreja pentecostal. Seria isso a prova definitiva, o pentecostalismo é obra diabólica. Por favor, me apresentem os versículos bíblicos, que provem definitivamente que um movimento visto de modo tão pejorativo por muitos evangélicos conservadores não pentecostais, é de orientação diabólica, avaliando o lado correto das coisas, os frutos que estão na arvore pentecostal, não os que estão caídos. Não estou enfatizando os resultados, apenas orientando o leitor para os frutos que uma arvore apresenta, porque muitos não estão olhando para a arvore, mas para os frutos caídos ou para as sombras dela...esses não conseguem ver as evidencias a favor, estão julgando a arvore pela sombra, e não pelos frutos sadios. Ora a biblia nos ensina que devemos examinar tudo e reter aquilo que é bom, pois bem, muitos apologetas do “contra” fazem o contrario, examinam tudo no movimento pentecostal, e selecionam aquilo que não é bom, para servir de prova definitiva contra o movimento pentecostal. Dias atrás vi num site católico um enorme artigo contra o protestantismo, tendo como pano de fundo e prova definitiva, as praticas da IURD. Colocar todo o protestantismo dentro de um conceito errôneo para julgar o todo, é um blefe apologético. A esmagadora maioria dos protestantes fundamentalistas, históricos e praticamente todos os pentecostais históricos rejeitam completamente as crendices neopentecostais.
Assim muitos do time dos “contra” também fazem. Mas quando ouvimos o testemunho de um homem de grande peso teológico como o DR Wayne Grudem podemos observar algo bem definitivo no batismo do Espírito Santo: “O resultado em minha vida sem duvida foi permanente, incluindo um amor muito mais profundo por Cristo e eficácia muito maior no ministério pessoal”(12) sinceramente, os “contra” precisam verificar se os faladores de “siriri” e “shambalá” realmente tiveram transformações positivas e de elevado caráter como os descritos acima. Caso descubram, eles devem ficar cientes que antes mesmo deles descobrirem, eu já sabia, que não era algo genuíno. As sementes do poder divino, não são estéreis, elas frutificam no coração do homem. Ora todos sabemos que as raízes do pentecostalismo não são pagãs, elas se encontram dentro do próprio protestantismo, e não fora dele. Citamos por exemplo, a citação de um texto do DR Leonardo Gonçalves : “O Dr Gary McGee também menciona as conferencias de Keswick, na grã Bretanha como tendo uma grande influencia sobre o movimento de santidade na América do norte, e conseqüente sobre o pentecostalismo. Os conferencistas de Keswick acreditavam que o batismo do Espírito Santo produzia uma vida continua de vitória, uma vida mais profunda, caracterizada pela plenitude do Espírito. Esta sentença esta alicerçada no conceito wesleyano que afirmava que o batismo do Espírito produzia a perfeição cristã. Os principais pressupostos da doutrina pentecostal”(13) como provas do resultado desse batismo poderoso, Gordon Lindsay também conta a história de John G. Lake, após receber a experiência do batismo no Espírito Santo, sua vida foi completamente transformada nas palavras de Lindsay: “Pouco depois da experiência partia John G. Lake como missionário para a áfrica do sul onde o seu ministério foi instrumento para dar inicio a um reavivamento apostólico sem precedentes desde os dias do primeiro século”(14)
É um crime contra a teologia se apossar de bizarrices e distorções carismáticas para apresentarem como provas contra o pentecostalismo genuíno. Não advertiu Isaías que não deveriamos inverter os valores morais, chamar o bem de mal ou o mal de bem? “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!”(15) pois é exatamente isso que muitos estão fazendo, injetam as heresias de muitos profetas da prosperidade em textos para fazer apologia contra o pentecostalismo. Omitem o fato de que o pentecostalismo histórico tem feito enorme oposição as heresias e distorções provenientes do movimento carismático atual. (16)
Há um preconceito errôneo que os “contra” costumam alimentar com relação ao pentecostalismo. Esse preconceito também enfrenta os criacionistas na comunidade cientifica. O falso conceito de que o pentecostalismo é para a plebe, gente sem teologia, que não entende nada de grego, hebraico, esse preconceito se dá porque os missionários pentecostais foram levar o evangelho aos pobres, foi levado as regiões mais distantes, ao povo comum de um modo geral. O pentecostalismo quebrou em muitas regiões o preconceito racial, enquanto que as denominações dos “ontras” lá nos EUA estavam envolvidos com a segregação racial, na duvida se negros e brancois podiam se congregar juntos no mesmo templo, os pentecostais partiam para a África, chegavam aos quatro cantos do nosso imenso brasil, chegando nas favelas, nos sertões, e quem deseja ir mais longe nas informações, procurem pesquisar a jornada dos pioneiros do moviemnto pentecostal no Brail e no mundo. Ousem fazer isso, se é que tais possuem a digna coragem de fazer. Mas não é isso o que os criacionistas enfrentam na comunidade cientifica secular? Para eles o criacionismo é para religioso ignorante, para a plebe. No entanto isso não é verdade. Basta pesquisar e descobrir que muita gente inteligente, cientistas e pessoas de elevado nível cultural, acreditam e defendem o criacionismo(17) mas Hannegraff, autor do excelente livro “CRIASTIANISMO EM CRISE” Comenta: “ estamos preparados para chamar um homem como Gordon Fee, um dos mais notáveis eruditos bíblicos de hoje, de esperto mas sem conteúdo? Haveríamos de dizer que o Dr. Walter Martin, fundador do Instituto Cristão de Pesquisas, e pai da revolução moderna contra as seitas, era um homem que tinha zelo sem conhecimento? Estaríamos querendo realmente classificar Chuck Smith pastor da capela do calvário de Costa Mesa, Califórnia e fundador dos maiores e mais eficazes movimentos cristãos da histótia moderna, como alguém cheio de entusiasmo, porem falto de iluminação?
Alguns dos pensadores de maior expressão e clareza hoje em dia são cristãos pentecostais: homens como o Dr Paul Walker, da Igreja de Deus do Monte Parã, em Atlanta, Estado da Geórgia; o Dr Mark Ruthland da Assembléia de Deus Calvário em Orlando, Flórida; Elliot Miller, editor jornalístico e autor de ‘ Crash Course on the New Age’ (Em rota de colisão com o movimento Nova Era) considerados por muitos a publicação definitiva sobre o assunto; Michael Green notório autor e reitor de Santo Aldate, em Oxford e George Carey, respeitável teólogo e arcebispo de Canberbury, e isso sem falar numa série de outros, igualmente proeminentes”(18) esta lista poderia prosseguir muito mais adiante, pois ainda temos o Dr Stanley Horton que foi professor emérito de bíblia e de teologia no seminário teológico das Assembléia de Deus nos EUA. Horton é bachareu em ciências, mestre em divindade, mestre em teologia sacra etc. ainda temos outros de renome mundial como o DR Derek Prince, grande mestre das escrituras e homem de notável discernimento sem contar com os inumeráveis homens de Deus aqui no Brasil. Seriam esse homens cheios de demônios? Algum evangélico poderia em sã consciência ousar que esses citados acima eram pobres ignorantes que pelo fato de defenderem o dom de línguas, foram possuídos por demônios e o resultado foi o legado que eles deixaram para nosso beneficio espiritual? Por favor respondam, se for possível. Respondam que Martin falou línguas, era possuído por espíritos imundos, e que Tognini também foi, e que ambos por receberem a experiência foram cristãos reprovados, que não contribuíram em nada para o protestantismo e que a vida dos citados acima foi uma vergonha, uma lastima e um prejuízo para o cristianismo. Ousem afirmar tal coisa se é que podem.
Além disso, encontramos no movimento pentecostal genuíno todos os elementos comuns a qualquer avivamento de qualquer era. Por exemplo, No seu livro "O Fogo do Reavivamento", Wesley Duewel fala sobre os cultos de do avivalista Campbell: ““O segundo culto terminou no mais completo silêncio. Deus falava aos corações. No final, Campbell despediu a multidão e o prédio esvaziou-se. Mas, de repente, a porta da igreja abriu-se de novo e um presbítero fez sinal para Campbell ir até ele. A congregação inteira estava do lado de fora, tão tocada pelo Espírito que ninguém queria ir embora. Outras pessoas, que não tinha assistido ao culto, foram atraídas de suas casas pelo poder do Espírito Santo. Muitos rostos mostravam profunda aflição. Campbell chamou todos de volta para a igreja. A presença majestosa de Deus era tão profunda que os não-salvos começaram a gemer aflitos e a orar arrependidos. Até os cristãos sentiram o peso do seu pecado. De repente, um grito vibrou no ar. Um dos soldados de oração do grupo dos jovens foi tocado até o ponto de agonia, enquanto derramava a sua alma pedindo o reavivamento. Ele caiu prostrado no chão em transe. Homens fortes clamavam por misericórdia e, à medida que cada um recebia a segurança da salvação, outros louvavam a Deus e até davam gritos de alegria. Uma mãe colocou os braços ao redor do filho, agradecendo a Deus, enquanto lágrimas de alegria corriam pelas suas faces. As orações de anos foram respondidas”(19)
CLAVIO JUVENAL JACINTO
BIBLIOGRAFIA
(1) DISCERNINDO OS TEMPOS- D. M. Lloyd-Jones PES, Pág 318
(2) HISTÓRIA DA TEOLOGIA CRISTÃ. Roger Olson, Editora Vida, Pág 31 e 32
(3) ENCICLOPEDIA DE BIBLIA TEOLOGIA E FILOSOFIA. VOL I Pág 466, R. N. Chanplin HAGNOS EDITORA
(4) O CAMINHO DO PODER ESPIRITUAL A W Tozer Editora Mundo Cristão pág 30
(5) FUNDAMENTOS DA TEOLOGIA PENTECOSTAL, VOL II
Pág 112, Guy Duffield e Nathaniel Van Cleave, Editora Quadrangular
(6) O CONHECIMENTO REVELADO- Luciano Subirá- Maná Edições pág 91
(7) PORQUE SOU PENTECOSTAL Geziel Gomes CPAD pág 82
(8) PARA QUE DEIS FRUTOS Donald Gee, Editora Vida pág 91
(9) PENTECOSTES PARA TODOS- Emilio Conde CPAD pág 85
(10) UM CAMINHO MELHOR-K Neill Foster-ACM pág 91 e 92
(11) REVISTA RAIO DE LUZ ANO 22 numero 87 1992 pag 15
(12) TEOLOGIA SISTEMATICA Wayne Grudem Edições Vida Nova. Pág 654.
(13) PENTECOSTALISMO, ANALISE POR UM PENTECOSTAL. Leonardo Gonçalves. Extraído de www.pulpitocristao.com/2008/12/pentecostalismo.html
(14)COMO RECEBER O BATISMO NO ESPIRITO SANTO. Gordon Lindsay
A Christ For The Nations INC. pag 2
(15)Veja Isaías 5:20
(16) pelo menos duas grandes obras podem ser consultadas sobre essa questão: CRISTIANISMO EM CRISE de Hank Hannegraff e PENTECOSTAIS E CARISMATICOS de Bill Burkett. Ambos publicados pela CPAD.
(17) existe uma pagima na internet que oferece grátis o um e-book com a lista dos ganhadores do premio nobel, que são criacionistas o endereço é:
www.nobelist.nert
na minha pagina da internet também tem uma lista de cientistas que crêem em Gênesis. Acesse www.judas3.blogspot.com
(18) CRISTIANISMO EM CRISE Hank Hanegraaff CPAD Pág 52
(19):\www.avivamentoja.com\Wc6ed2f01ebc5d.htmO Fogo do Reavivamento, por Wesley L. Duewel
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Em Defesa do Movimento Pentecostal
Postado por ClavioJJ às 13:41
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