sexta-feira, 20 de novembro de 2009

ARGUMENTOS E EVASIVAS

É certo o ditado de que cada um quer puxar a sardinha para a sua brasa, principalmente quando aplicado ao campo religioso. Entre os guardadores do sábado, principalmente os mais radicais, o argumento é que o domingo foi instituído por Constantino, e não pelos crentes primitivos. É claro que esse argumento não resiste a uma pesquisa séria. Basta olhar para os muitos manuscritos dos chamados pais da igreja e vamos descobrir que celebrar a ressurreição de cristo no primeiro dia da semana já era vigente muito antes de Constantino. O que o imperador citado fez, não foi diferente do que foi decretado no concilio de Hipona em 393, quando foi aceita a canonicidade dos 27 livros do novo Testamento tal como temos hoje. Por acaso a decisão do concilio de Hipona, colocava em risco a validade dos livros do novo Testamento? De jeito nenhum, o que foi decidido, já era o que os cristãos aceitavam como uma verdade. Que todos os 27 livros reunidos no que chamamos de O Novo Testamento, eram de fato inspirados. A questão do primeiro dia da semana, também deve ser visto dentro desse padrão de interpretação da historia da igreja. Muitos a fim de defender uma causa, acabam escondendo fatos, e reinterpretam a historia da igreja a luz do fanatismo e não a luz do contexto histórico da igreja primitiva. Quase sempre é assim, um movimento que pretende ser um cristianismo restaurado, acaba reinterpretando e manipulando as informações, para tentar provar um fato que está completamente divorciado da historia.

CLAVIO JUVENAL JACINTO

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